Cartola – 100 anos

Publicado originalmente  por admin em 15 Out 2008 no antigo blog | sob: Música

Se estivesse entre nós, no último sábado 11 de outubro, Cartola teria completado 100 anos. Um poeta e compositor simplesmente genial.

Mesmo sofrendo inúmeras dificuldades, viveu compondo e criando verdadeiras pérolas do nosso cancioneiro. Foi um dos idealizadores e fundadores do que viria a ser a primeira escola de samba, A Estação Primeira de Mangueira. Foi dele também a idéia do uso das cores verde e rosa.
Na primeira metade do Século XX era comum os cantores comprarem sambas e canções dos compositores. Uma compra integral ou de uma parceria em música que normalmente era de elaboração de um músico e de um poeta. Ou simplesmente de uma pessoa genial como Cartola que fazia letra e música tão bem, que nenhuma outra pessoa conseguiria fazer melhor casamento de melodia, harmonia e letra. Cartola foi obrigado a vender várias “parcerias” para vários cantores famosos.

Depois de uma decepção muito grande, ele sumiu do morro da Mangueira, muitos chegaram a pensar que ele estava morto. Na década de 1960 o escritor Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, descobriu Cartola lavando carros. Logo em seguida dessa reaparição surgiu o restaurante Zi Cartola (Cartola e a D. Zica), Cartola e convidados cantavam e a eterna companheira cozinhava divinamente. Resultado um sucesso absoluto.

Em 1974, aos 65 anos ele gravou o seu primeiro LP, graças ao Marcus Pereira, o Disfarça e Chora. Só pérolas. Confira http://www.causasonora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=172.

Em seguida vem O Mundo é um Moinho, um desfile de canções inesquecíveis, a começar pela faixa título, por outras músicas que Marisa Monte e tantos outros beberam todo dia. Sem esquecer de As Rosas Não Falam, genial. Confira. http://www.causasonora.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=173

Um compositor imortal. Que vai ficar na memória e na lembrança de quem aprecia uma bela melodia, uma harmonia elaborada e uma poesia simplesmente irretocável. A benção Cartola.
Luiz Celso Rizzo

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